DEPOIS DA MAÇÃ

Eu ressôo como o teu demônio

a tua serpente que você se encanta

e se deleita

E, quando o medo de amar deita em tua face,

onde há vala mais próxima,

eu deslizo e escôo feito água morna

fugindo, assim,

dos teus respingos e resmungos;

podando e evitando os teus espinhos

Um novo dia... (e eu bem sei da tua sede!)

...você volta em fúria

abre tua boca

para saborear-me e sorver-me

Eu bem sei da tua fúria!

E você volta

para acalmar o teu corpo

no leito do meu cálido rio.

D.V.

27/11/91

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