SERENATA DE AMOR

De Regilene Rodrigues Neves

Sentei num topo de emoções

Erguidas da alma

Sentimentos absorvidos

Numa prece de amor

Louvados na oratória

De um cântico romântico

Cantado em poesia para o coração

O peito em sintonia

Ouve a canção copiosa dos sentimentos...

Tocados no corpo de desejo

Pressente nos lábios o beijo

Que agoniza na boca

Em louca vontade

De sentir seu gosto de fantasia

Que por vezes percorre

Na complexa alegria de amar!...

Ouço a alma cheia de utopia

Cantarolando versos

Balbuciando estrofes cheias de metáforas

Declamando sonhos...

O amor confesso em silêncio

Rima sua ode melancólica

Um cálice metódico embevecido

Ao som coração

Que ouve ritmos

No vento... na liberdade...na felicidade... no tempo

E na emoção pura de um orgasmo

Do corpo por seu amor!...

Volúpias arremessadas do íntimo

Se misturam em pele e poros

Latejam frêmitos por todo o corpo

A sedução do amor percorre

As curvas abandonadas e puídas de saudade...

Sem alarde o verso derrama seu ópio

Já adormecido na primeira pessoa

Seus adjetivos sobrevivem em odes

Qualidades que se prendem em sonhos

Ainda teus num vocabulário próprio

Escrito pela alma que se entrega

Ao pensamento interior que o explora

Para tocar uma música romântica

Ouvida todos os dias

Feito serenata tocada do violão

Ao pé da janela do coração!...

Em 29 de março de 2009