QUANDO EU TE AMEI

Quando eu te amei, sabia que nosso amor seria diferente

Não, tão calmo como a calma das águas da enseada,

Que apenas ondulam de leve ao entardecer,

Nem tão turbulento, como a turbulência das ondas,

Que, empurradas pela corrente, quebram furiosas nos rochedos;

Mas um misto da delicadeza da brisa mansa de outono,

Que anuncia um novo tempo, um tempo de mudanças,

E do calor ardente do sol de dezembro

Que realça todas as cores e traz de volta a alegria.

Quando eu te amei, sabia que nosso amor seria diferente

Não, perfeito como a perfeição de um nascer do sol à beira mar,

Que nos enche os olhos de beleza e o coração de euforia,

Nem decepcionante, como a decepção de descobrir um engano fatal,

Que só provoca tristeza e faz sofrer sem medidas;

Mas um misto da eternidade de um momento inesquecível,

Que enleva todo o ser a um estado de êxtase

E da incerteza de que outro dia vai se abrir à nossa frente,

Que nos traz insegurança, mas também nos faz viver mais intensamente.

Quando eu te amei, sabia que nosso amor seria diferente

Que nada seria igual, porque nada é igual ao que já foi;

Que o medo do passado não faria sentido agora, pois o agora é outro;

Que as portas de um novo dia estariam abertas, à nossa espera,

Esperando que, juntos, descobríssemos um novo mundo,

Que, inacabado, dependia de nós para estar completo,

Repleto de coisas boas e de outras nem tanto,

No entanto, inundado, finalmente, pelo nosso amor.

Everton Falcão
Enviado por Everton Falcão em 03/04/2009
Reeditado em 18/08/2009
Código do texto: T1521221
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.