QUANDO EU TE AMEI
Quando eu te amei, sabia que nosso amor seria diferente
Não, tão calmo como a calma das águas da enseada,
Que apenas ondulam de leve ao entardecer,
Nem tão turbulento, como a turbulência das ondas,
Que, empurradas pela corrente, quebram furiosas nos rochedos;
Mas um misto da delicadeza da brisa mansa de outono,
Que anuncia um novo tempo, um tempo de mudanças,
E do calor ardente do sol de dezembro
Que realça todas as cores e traz de volta a alegria.
Quando eu te amei, sabia que nosso amor seria diferente
Não, perfeito como a perfeição de um nascer do sol à beira mar,
Que nos enche os olhos de beleza e o coração de euforia,
Nem decepcionante, como a decepção de descobrir um engano fatal,
Que só provoca tristeza e faz sofrer sem medidas;
Mas um misto da eternidade de um momento inesquecível,
Que enleva todo o ser a um estado de êxtase
E da incerteza de que outro dia vai se abrir à nossa frente,
Que nos traz insegurança, mas também nos faz viver mais intensamente.
Quando eu te amei, sabia que nosso amor seria diferente
Que nada seria igual, porque nada é igual ao que já foi;
Que o medo do passado não faria sentido agora, pois o agora é outro;
Que as portas de um novo dia estariam abertas, à nossa espera,
Esperando que, juntos, descobríssemos um novo mundo,
Que, inacabado, dependia de nós para estar completo,
Repleto de coisas boas e de outras nem tanto,
No entanto, inundado, finalmente, pelo nosso amor.