Repentes em redondilhas - Amor

Se contando estrela vivo
só no teu céu eu me embrenho...
Sinto calor abrasivo
Na saudade te mantenho...
Mas tristeza não cultivo
E pra muito longe espanto
Esse amor definitivo
É meu viver, doce encanto...
A tristeza não me mata
É saudade que maltrata...

 ***

Feriado em minha rua
Agora eu vou decretar
Vou fazer brilhar a lua
Pra contigo namorar
E no céu eu vou buscar
A estrela mais bonita
Para poder te ofertar
Com alegria infinita
E vou no profundo mar
Uma estrela procurar...
 
 ***

Com orvalho... E sem juízo!
Santo Deus!  É bom demais
Eu não me nego jamais
Perguntar nem é preciso...
Sem juízo amar, enfim,
É a minha vocação.
Na cachoeira...aí de mim
Eu não resisto, ó, não!
Nem precisa me chamar
Eu gosto de namorar...

 ***

Sou constante, nessa alcova.
Decidida e soberana
Não há nada que remova
Minha paciência tirana!
Eu não me retiro, não!
Sou verdadeira e fogosa
Insisto aqui de plantão!
Eu sou exigente e teimosa...
E não deixo nosso espaço,
Sou feliz no teu regaço!
 
***

Bendito aquele que chora
por grande amor que partiu...
e que teve bela aurora
Quando a sorte assim sorriu!
Triste mesmo é viver
neste mundo tão sozinho
sem nada pra reviver
sem conhecer um carinho!
Um amor vale esta vida...
Eu te afirmo comovida!


 Oficina de Criações Coletivas - Repente em Redondilha Maior
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/04/2009
Reeditado em 16/04/2009
Código do texto: T1540504
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