QUALQUER NADA OU TUDO...

Nada tenho a pedir, mendigar por amores perfeitos ou apenas um resquício ínfimo do seu olhar.

Ou seu perfume quando te cumprimento.

Nada tenho a agradecer já que sofro tanto por tão pouco...

E este pouco já se espalhou por toda a minha alma e corpo.

Não vejo nada de lindo em sofrer por amor.

Não vejo nada de amor em sofrer lindamente por alguém que não mereça.

Decididamente não me entendo, mas entendo menos ainda este mundo de total incapacidade amorosa e gentil do ser-humano.

Às vezes fechos os olhos e rezo para que tudo isso suma, que eu me tele-transporte para uma outra dimensão onde o nada prevaleça e o tudo seja qualquer coisa mesmo.

Batalho lutas heróicas.

Luto, batalhas errôneas, de que adianta adiantar se adiante tudo volta novamente em um círculo perfeito de inanição e dor.

E o que mais tenho ultimamente é a falta do nada e ausência de tudo.

Ao mesmo tempo em que amo e odeio;

Que oro e rogo pragas;

Que creio e desacredito;

Que choro e sorrio;

Que ganho e perco,

Que morro vivendo e vivo morrendo...

De amor...

De amor?

Sim de amor.