Vento e vida

Quebrando a magia da noite,

na madrugada tão fria,

feito meu coração,

caminha aquele homem estranho,

solitário e encolhido.

Vai depressa, sem saber destino,

ansioso por nada encontrar,

com pressa pra descansar.

Mal sabe que o tempo é

como vento, que passa sem

se importar com os estragos

que sabe provocar.

Volta para ninguém, para nada,

destino de todo vivente,

por mais que se queira enganar.

Há de terminar a noite.

Há de terminar o vento.

A vida, enfim!