Meu jeito de sentir...

Delirante é a forma como vem.
Uma vontade não sei de quê nem de quem.
Ânsia que me invade num ímpeto,
Loucura dissipando pensamentos ínfimos.

É um prazer no coração crescente,
Algo invariavelmente desconhecido.

Por vezes, até brotam lágrimas, deveras
Na tez rosada, correm sinceras,
De um sentimento inefável, porém fecundo,
Que habita os corações de um mundo
Deserto, nas horas de quimeras.

Meu jeito de sentir é assim, confuso.
Um torpor inebriante, interminável.
Vislumbro ver-me correr, por aí afora,
Gritando versos de forma amável,
Delegando-te o poder de desvendar
Todo esse meu jeito de, assim, te amar.