Doce inspiração, inspiração de mulher

Na azáfama dessa urbe,

Beleza estética, concreta,

Eu, sem retórica declaro um poema,

Um soneto, um laudatório para a musa,

Que no silencio contrito da tarde fria,

Nem sequer imagina que eu existo.

Sem eira e sem beira de talentos,

Tateio nas cores quentes da minha aquarela,

E pincelo numa tela com extremo denodo,

A boca, os seios, os olhos negros,

Elaboro um quadro impressionista, calculista,

Para a bela que não sabe que eu existo.

Tomo da batuta do compositor vienense,

E nos bosques da metrópole rabisco uma lenda,

Nas folhas amarfanhadas de pergaminhos,

Desenho nas linhas das partituras cruas,

Uma canção, harmônica melodia, uma sinfonia,

Para a amada que nem sabe quem eu sou.

Musa, bela, amada e doce inspiração,

Inpiração feito encantamento,

nas linhas finas e perfumadas,

Do corpo ardente de uma mulher.

Guilhermino
Enviado por Guilhermino em 15/05/2009
Código do texto: T1595874
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