Morte e ressurreição do Amor

O Amor morreu as doze horas, envenenado de saudade

A solidão aproveitou a situação e foi logo sem perder tempo,

Convenceu os olhos a chorar, e apertou fundo o coração

Deixou as pernas pesarem como blocos de concreto

E nas horas que se seguiam, litros de solidão foram derramados

E numa veia de pouco movimento, o sangue se tornava fraco

O coração quase sem forças, bombeava-o com desanimo

Um suor frio e nervoso descia pelo rosto, junto as lagrimas

As mãos eram geladas e este frio, já subia ao resto do corpo

Nada de que a cabeça pensasse poderia tornar este fato diferente

O relógio parou naquele instante, ou os olhos já não enxergavam

A boca estava mais seca do que nunca, nem o vinho poderia acalmá-la

Os lábios só eram lubrificados com lagrimas de dor

Uns olhos tristes parados na frente do espelho, foi o que viu

Com tantos empecilhos, só a dor crescia no seu interior

Desta cena, a Morte riu; quis ter até um pouco de compaixão

Mas cravou no coração apaixonado uma lança fria

Pouco sangue sobrara para jorrar pelo orifício, e a Morte sorria

Tudo estava tão perdido quanto você pode imaginar que está

Mas um milagre divino estava para acontecer

E foi então que ela surgiu, numa armadura de vento

Usando um fino turbante sobre seus ombros; e não havia espada em sua mão

Com apenas um toque no meu corpo, senti de volta toda vida

Sangue quente nas veias, e minha alma estava de volta; derrotamos todo mau

Triunfamos sobre a Morte e recuperamos o Amor, dez vezes mais forte

Reny Moriarty
Enviado por Reny Moriarty em 17/05/2009
Código do texto: T1598476
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