Ruas antigas

Ando por aquelas ruas do passado,

já desbotadas como as fotos da infância,

e é como se sentisse o sangue correndo

mais rápido pelas veias,

como se minha alma se identificasse

com cada pedaço daquele chão,

como se cada uma daquelas

casas antigas que ainda resistem

à modernidade dos prédios

que invadem aquele meu sonho.

E lá sinto o que é ser feliz.

Doces recordações que me assaltam,

sempre que lá ponho os pés.

O prazer, quente, invade meus olhos,

caminho direto para o coração.

A alma de lá sai lavada, pura,

renovada, de volta a outros lugares

tão reais, tão sólidos, tão coloridos.

Nenhum feliz como lá!