Então eu choro...

A vida é uma arte...

Sou uma tela fria. O pincel se banha na tinta do tempo e começa a desenhar imagens disformes nesta tela virgem. É a minha própria vida que acontece sem graça, aqui da platéia vejo o sucesso dos meus amigos, a fama de minha ex que nem se importa mais comigo, ela que dizia me amar...

Sou efêmero...

Depois de um suspiro, vejo minha “vida-arte” nas paginas de um escritor... E quem diria? É um texto romântico, a mocinha quer namorar comigo, paginas depois estamos casados e dois parágrafos à frente sou pai de um lindo rapazinho, a quem chamo de Junior, meu garoto. Logo a frente é o capitulo final. Tudo tem um fim, e no meu, vejo que o livro era um sonho, mais um sonho... Só me resta chorar o choro das canções de amor inacabado.

Então eu choro...

Estou numa melodia, minha “vida-arte” me surpreendi novamente, sou uma canção, cantarolado pelos lábios de uma ruiva, com olhar quente, numa letra apaixonante vejo multidões se identificando com minha historia triste, vejo pessoas se deliciando com minha morbidez.

Sou uma canção...