Autor: Desconhecido

Sou, de todo, uma equação cuja solução é um conjunto vazio

Constituído de zelo, e perfeitamente inexistente

Fui e sou o que jamais há de ser – matematicamente

Um ególatra. Como eu, não há ninguém...

Que sabia se perder em caminhos jamais vistos

E, tão pouco explorados, sofro de incontinência exaustiva

Já não sei o que mais há de ser. Sou alguém que

Por assim dizer, vive em pólos inimagináveis de algum mundo

Sem razão.

Vivendo de minha ilusão de ser, de todo, alguém

Eu acreditei em coisas que somente os homens podem acreditar

E não mais ninguém...

Marcelo Luna
Enviado por Marcelo Luna em 26/06/2009
Código do texto: T1669267
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