Uma prece ao amor

Uma prece ao amor

Ecoa o toque das almas na capelinha

Ergo o meu véu de virtudes e agradeço

Elevo aos céus uma prece quase ladainha

Sou donzela e na vida tenho amor que mereço.

Pombas brancas atordoadas com o repicar

Dobram os sinos e elas perdem o rumo

Anoitece devagarzinho e saio a caminhar

é certo ao chegar à esquina vou te encontrar

Oh Senhor dos meus sonhos de menina

Sereno e terno olhar a fazer-me mulher

Despida de inocência e muito mais feminina

Que outros olhos poderiam assim me querer?

Tal quebranto, encanto que me desatina

Tanto que quero te ter até um novo alvorecer!

Tânia Mara Camargo
Enviado por Tânia Mara Camargo em 29/06/2009
Código do texto: T1673514