Amor: a presença viva do Pai

Amor: a presença viva do Pai

Nem toda a tristeza do mundo

Nem a supostamente insuportável dor

Nada há de me apartar do Pai

Nem mitigar, em mim, o Seu Amor

Veja como é árdua a subida

E como a queda é natural.

Quem há de ambicionar o céu

Contendo a propensão ao mal?

Quem há de ver além do Eu

E se enxergar dentro do outro

Sentir-se Vida, pura e simples

A aguardar o Reencontro?

Tudo que nasce, nunca morre

Carrega Deus dentro de si

Se ser é Lei inevitável

Passivamente obedeci

Quem ergue a voz diante Dele

Ambicionando ser alguém?!

Pregado à terra, não é nada

Mas prega o que lhe convém

Quem ama tem a fala mansa

E a mansidão jamais se aflige

O passo lento nunca cansa

Quem anda atento ao que Ele exige

Sinto que já com Ele estive

E me unirei ao Pai no fim

Nos une o Amor, que sobrevive

Altivo, audaz dentro de mim

(Djalma Silveira)