A POESIA PÁRA - Homenagem ao Poeta Rodrigo Souza Leão 1965-2009

A POESIA PÁRA

Cai o lápis

Fura o corpo do poeta

Esvazia-se o peito

A poesia pára

E o corpo em tiras

os versos

sobre a mesa

desfilando

plurais mentiras

E o sopro da agonia

em sinergia

alguém engolia

essa nuvem

fumaça

e sorria na janela

embaçada

desenhava

a presença

de quem

esperava

e

alcança

sem verso

poesia rara

e estala

um beijo

e mais

nada

Cíntia Thomé

Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 05/07/2009
Código do texto: T1683449
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