Flor Mulher
minha metade, mulher
tua face reflete
em meu próprio rosto
tu desabrochas
um lindo botão
de cor, mutante
simbilante, ambulante
matamorfose rosada
duas vezes, costurada
entrelaçada, nos meus
cabelos
meus pelos
que se arrepiam
assoviam quando quase
durmo, em seu seio
o teu gozar, é meu
o teu anseio em ser
é o meu viver, o meu ver
é a valencia que valida
a riqueza de minha
inconsciencia
que desliga o consciente
do nada
me carrega ao todo
o universo vejo
na palma de sua mão