Carta poema

Você diz não querer me magoar ou

brincar com os meus sentimentos.

Confesso não entender tais palavras,

pois às vezes magoamos alguém

apenas por não assumirmos

uma posição diante de um fato.

Sei como os amores começam

e onde terminam.

Sou toda emoção de sensibilidade

aflita que não consegue pôr

freios à ansiedade que sente.

É como se o tempo que me resta

fosse pouco e eu tivesse que

aproveitá-lo intensa e rapidamente.

Isso que agora escrevo não é

um poema, é o desabafo de um

coração solitário que habita

um peito ferido e como tal abandonado.

Aqui estou lutando para não usar

o telefone, brigando com o meu

desejo de ouvir a sua voz.

Eu escrevo tão bem, sei traduzir

com perfeição o que a minha alma

diz, não consigo fazer com que

você me tenha amor.

Restam-me nesse contexto apenas

as lágrimas que sutilmente beijam

meus olhos em visita constante.

Nada posso fazer de um amor

que não encontra refúgio no

peito do ser amado.

Não separe, pois o eu-lírico de mim

como pessoa.

Saiba que utilizo o eu-poético

para dizer que ando apaixonada

por você...

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 20/07/2009
Código do texto: T1709856
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