Luxuria em carnes brancas
Cobrimos um quarto com flores de perfumes tão divinos
que os próprios Deuses da Luxuria as colheram;
Desfrutamos do nosso amor juvenil, na mais insana libertinagem.
Com mãos, linguas, pernas.. todos juntos;
Tivemos o deleite de aproveitar a essência da vida,
num lençol de seda, tão macio quanto as montanhas de algodão;
Com os olhos fechados, e meu rosto entre suas coxas,
sentia suas unhas entrando em minha pele;
E neste momento eu estava lhe oferecendo o mundo,
coberto de ouro e diamantes. Abundandemente suave, para você;
Desfrute de todo meu corpo, como desfruto do seu,
sejamos um só e que nossas carnes virem
apenas hospedeiras de um espírito unificado;
E no triunfo do gozo final, que não exista mais
nem o tempo, nem o espaço, e que seu quarto seja
o infinito e nós todas estrelas;
Linguas percorrem um corpo, provocando arrepio na espinha,
deixando o corpo extasiado e o sorriso é de prazer;
No toque da carne pagã, ela esfrega seu corpo contra o meu,
o instante se torna eterno e as dores não são sentidas;
No seu mais doce encanto, sobre a cama, sobre meu coração,
sobre o universo e neste humilde poema, sobre minha
insana adoração por Ana Cláudia.