E FOI ASSIM QUE TE PERDI
E foi assim que te achei,
Vinda do nada ou do outro lado da rua,
As pernas nuas e os olhos de água tão doce...
Dos meus defeitos de poeta apanhastes quase todos,
E em minha pele gravastes tua própria poesia...
E foi assim que te amei,
Em noites onde perdi os sentidos por horas,
Em beijos sinceros de manhãs quentes de verão,
Nas verdades que jamais imaginei ouvir...
E foi assim que te perdi,
Aos poucos,
Como loucos despejados em poesias,
Como os dias que arrefeceram minha pele,
O que havia...E o que se foi...
Agora só há uma parede vazia, envelhecida e sem cor...