Doce agosto

Tudo passa nesta estrada e pouco fica... de cada passo muito pouco, talvez uma balada ou o risco de um traço.

À distância que nos separa maltrata meu coração, mas quando seu abraço me ampara, vivo uma tremenda emoção.

Todo mundo corre feito loucos em traiçoeiras curvas, auferindo o tempo, mas a “morte” chega primeiro, como sempre.

Sinto-me por você acariciado... o meu olhar a te despir... e você se sentindo tão desejada por mim neste doce agosto.

Ao longe deixamos somente as cinzas do nosso trágico passado... passado de desgosto.

Amanhã renascerão as flores dizimadas que se foram... e ergueremos então um novo jardim.

A sua boca vermelha pelo batom que a colore, acende em mim uma centelha de um fogo que nunca senti outrora... fogo que me incendeia, fazendo-me prisioneiro numa cadeia de amor.

Preciso correr para ganhar tempo... tempo este que não vivi ao seu lado, mas que outros viveram e deixaram marcas... tempo que se escoa na ampulheta e que se perde em minha ambição.

Mas na primavera florescerão as rosas e assim como elas, o amor precisa “morrer”, para que na estação certa e no tempo certo, ele possa renascer.

Aramis
Enviado por Aramis em 04/08/2009
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