Aline
Teu corpo trouxe a paz
Que a tanto esperava
Esmola a um mendigo pedinte
Me afogo
Na profundeza dos teus olhos
Encontro neles deslumbramento
E infinita tristeza
Tua imensa compaixão
Não é de mim nem de ninguém
É de ti mesma
Por isso procura
Se apega...
Afago
Doce veneno
Que embriaga, entorpece
Por vezes engana
Amor, prazer
Também certo pudor
Numa mesma carne
Mesma alma
Alma de sonhos, ilusões
Desilusões?
Anjo maldito
Odiado por uns
Amado por outros
Por mim...
Quero a graça de estar
Dividir, somar
Ser pra ti o que não fui
Escutar o silêncio do olhar
Que me chama, suplica
E vou...
Sinto-me bem
Confortado
Sigo o caminho
O qual desconheço...