O tempo é vaidade

O que virá?

Como faremos?

Mais importante, quando seremos?

O tempo é ilusão

A pressa é só miragem

Ouçemos o profeta pagão:

Nada é pra já

E nosso tempo é de passagem(ns)

Andando e chorando

São as promessas que nos deram

O sofrer, porém, não terá

No hoje que virá

Espaço que outrora tiveram

E irão, evaporando.

Essa esperança não vem

Da razão ou da boca pra fora

É fruto consequente

Do seu amor que se fez presente

Não o chame de ilusão

Nosso tempo é que é vaidade.

Nos trás a mente a aflição

E nos ensina sagacidade.

E o que temos,

O que já somos e seremos.

Transcende nossa vã essência

Não pode ser produto nosso

É dádiva de quem, acima disso tudo está

Prova viva de que a esperança não é vã.

E isso o tempo não sepultará!