Constelação do teu olhar
 
Não adianta,
Distantes nós dois vivemos..
Abandonou-nos de vez, me espanta!
Tal desprezo causa-me Venus...
 
Nem preces ao céu
A Eros, guardião do amor
Me trazem teus beijos de mel
Que em sonhos me causam furor
 
Tão pouco Pagãs divindades
Moradoras da luz ou escuridão,
Benfeitoras ou afãs de maldades
Do meu amor apagariam a imensidão...
 
Em desejo te tenho ao meu lado,
Pobre Pisiquê, meu amor mais divino!
Por ti construiria um palácio encantado
Entregando de vez meu destino...
 
oh! mais bela mortal...
Tua face, divino encantamento
Viver sem ti para mim é fatal,
Tua lembrança, eterno tormento...
 
Sigo a viver em ilusão...
Entrego-me a Zeus, não desisto!
O Deus do céu e do trovão
Para o Olimpo há de dar o meu visto...
 
Assim, eternamente a te amar...
Quanto lá chegasse, no palácio de cristal,
Contemplaria de cima teu olhar...
Estrela suprema e magistral...
 
Só assim os Deuses irão acreditar
Que desafias os sóis do cosmos infinito...
E que nem todas estrelas juntas a brilhar
Fariam frente ao brilho mais bonito...
Que mora na constelação do teu olhar...
Luz que me cega, sofrimento bendito.

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Edison Barlem
Enviado por Edison Barlem em 26/08/2009
Reeditado em 26/08/2009
Código do texto: T1776050
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