Centelha

Nesse homem, menestrel e cancioneiro,

uma gleba de estro e verso armazenado.

Tem no olho a flecha e o arco mais certeiro

e um abraço passioneiro e apaixonado.

Há ness’alma à que Bilac inspira a escrita

a flor cálida, a doçura - mel de abelha.

E, no brilho dessa aura, a mais bonita

e ofuscante claridade, uma centelha...

Batizado n’água e sal do mar bravio,

Iemanjá chegou-se à praia pra o benzer.

Sua origem, o nordeste do Brasil,

seu destino, o mais fundo do meu Ser.