Um poema ao luar

Um raio de luar para acordar o meu amado

Que dorme tão longe de mim

Numa distância de anos infinitos

Que o arrastam para o frio da madrugada

No silêncio da saudade companheira

Que insiste , de qualquer maneira,

Em me deixar abandonada

Entregue a minha sorte de poetisa

Tentando rimar seus tristes versos

De amor e dor, sem fim.

Um raio de luar para ninar teus sonhos de menino

Iluminar os teus cabelos cor de noite

Já prateados pelo tempo em seu açoite

Ah! Se eu pudesse, meu amor,

Acalmar tuas tristezas da vida

No meu colo de ternura

Te beijar, meu pequenino,

Como se fosses uma criança...

Nem isso me é permitido

E fico sem entender o sentido

Pra dar razão a tanta paixão

Que não passa, que não se acalma

E explode o meu coração.

Se esse raio de lua pudesse te dizer

Que por ti vivo cada dia

Na esperança vazia

De ser a tua amada

Quiçá a mais amada de todas

Que por ti foram amadas

E nem renderam, a esse amor ,atenção,

Mas a vida, assim, transcorre

Uns jogam o seu amor ao vento

Outros morrem de dor.

Se se morre de amor?

De amor se morre...