Embarcação

Embarcação

Nesta noite o mar estava calmo,

do convés sentia sua solidão olhando

o flutuar da lua por sobre as águas,

extravagante e bela, terna mostrava-se

sentindo alvo das atenções. Suspirava

de amor entoando melodia nas cordas

de sua lira. E eu implorava, mendigava

um pouco de amor, rogava aos seus pés

gemendo de dor. E você não me ouvia!

A dança das águas cadenciava embarcação,

a lua flutuando no meio do mar já não cabia

em si de contentamento, sentia-me enjoada

por pedir a esmola do seu beijo. Minha alma

em retalhos chorava o desejo dos seus braços

num abraço quente, um olhar doce, ardente...

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 04/09/2009
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