Lascivamente

Sou uma sombra que vaga descuidada

Não tenho sua carne em meu seio

Falta a calma que invoca os amantes

Mas deixo a vida transparecer que creio.

Suas mãos contornam a linha dos meus passos

Traduzem a raridade e a beleza da palavra

Lascivamente suas asas me cobrem

E minha lágrima torna-se branda escrava.

Um instante de silêncio, culpa e dor

Uma pressa por perdão e sussurros

E tudo que vi não tem importância

Só sua imagem de amor.

Sigo todos os rastros de estrelas altas

Tocando seu rosto tranquilo, permanente

Passando os dias vazios a esperar contente

A suave troca entre nossas almas.

Encantadora do Luar
Enviado por Encantadora do Luar em 05/09/2009
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