Hermenêutica do amor
 
Enfim, do vazio nasce o encanto.
Face semiótica do inesperado,
Fulgura mítica que irradia sem espanto
Momento inequívoco que me deixa enfeitiçado.
 
Sentimento precursor da vida, luz sublime
Ontologia vivificante da alma, meu acalento
Sobejamente dominante, força que exime
Qualquer resquício de dor ou sofrimento.
 
Suave como a brisa, se faz idílio
Se incompreendido, é tempestade.
Em distanciamento se faz martírio
Em solidão, morre em saudade...
 
Etéreo, disperso em quimérico luar prateado,
Candura plena, minhas penas a mitigar,
Cria sentido, na vida um rumo orientado
Aos sonhos meus segue sempre a embalar...
 
Prosopopéia, meu verbo mais facundo,
Miríade de sentimentos de significado incauto...
Em sua presença, meu silêncio mais profundo,
Consigo carrega meus desejos, bucólico arauto.
 
E assim como surges, potente e intempestivo
Podes partir sem deixar marcas, igual valendo
Amar e renovar-se sempre é teu nobre imperativo.
“Tão bom é morrer por ti e seguir vivendo”


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Edison Barlem
Enviado por Edison Barlem em 07/09/2009
Código do texto: T1798085
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