CORAÇÕES ENTRELAÇADOS

Jamais se olharam, nunca se tocaram.

Afinidades que não existiram,

Palavras jamais pronunciadas,

Distâncias que nem se mediam,

Pois não sabiam de suas existências,

Materiais, muito menos espirituais.

Sensibilidades que vão aproximando,

Talvez por ditames do coração,

Misteriosas são suas essencias,

Ditadas por flamejantes lampejos,

Que o amor sabe tão bem conduzir,

E de repente acontecem envolvimentos.

Basta um olhar um pouco atrevido,

Quem sabe até atiçar desejos evidentes,

Para que fluidos entrem em ebulição,

E corações tenham até cumplicidades,

Para que o amor surja assim de repente,

Sem mesuras para neles se instalar.

Entrelaçam corações até então ausentes,

Que nunca tiveram siquer afinidades,

Muito menos prenúncios de se conhecerem,

Mas o amor é misterioso e tranpõe barreiras,

Longes, tão longes não medindo distâncias,

E depois se aquietam em gostosas euforias.

Surgem deleites de corações apaixonados,

Tudo em volta se torna encantamentos,

Flores tão lindas sem sequer notadas,

Perfumam então almas em delírios ocultos,

Que trocam olhares num torpor de mentes,

Prenúncios de delicias que podem até acontecer.

08-09-2009