Ressentido amor


Apesar do tempo que passa,
Das chuvas que correm nas vidraças,
Do frio que grita sombrio,
da paisagem já sem graça,
do meu coração chorando baixinho,
do nosso ninho, em desalinho vazio.

Apesar das taças despidas,
delicadamente abandonadas,
do canto da sala isolado, fechado
pela despedida.

Apesar de o perdido olhar
Que vivi querendo acreditar
nesse amor, que vivo a mendigar.
Apesar do meu vulto, tão deprimido e partido.
Das gotas derramadas amargas e sentidas,
correndo na face escondidas,
querendo ver você voltar.
Autora: Marina Nunes
Marina Nunes
Enviado por Marina Nunes em 09/09/2009
Código do texto: T1801298