Diante do amor

Diante dele, dizia o imortal poeta Dante:

"O amor me move: só por ele eu falo".

Pois comigo é diferente:

ora, o amor me paralisa;

sinto um nó na goela,

perco a fala,

a noção e o norte.

Ora, me enche de asas,

me regozija;

viajo entre estrelas,

de carona com a sorte.

Ajo feito um demente,

consoante as regras postas

e os costumes vigentes

e impostos pela habitual convenção.

Diante do amor, a mim me importa

o silêncio, a lava ardente

que inunda, derrete e rasa meu coração.

Cid Rodrigues Rubelita
Enviado por Cid Rodrigues Rubelita em 23/06/2006
Código do texto: T180864