IMAGINÁRIA

IMAGINÁRIA

Não há de esmorecer a rosa

Que curva sonolenta e acata

Destino dos ruins, malevolência

Com o ímpeto de chegar a mão

Do cavaleiro elegante errante

Não há de vir

Olhar a florescência minguando

Despencando suas asas pétalas

Esfarfalhada a farfalhar em choro

Há sim de chegar o dia do arrebatamento

De ouvir as sinetas ao longe

No minuto de silêncio e consentimento

Servir-se da beleza enfeitada

E ouvir o anuir na manhã

Escaldada, perfumada, radiante

Cheirar o lírio da negra lapela

E deixar cair em botão

A rosa She de Charles Aznavour

Que escarmenta e delira

Presença do carecido beijo derradeiro

Sem que machuque a tez

Cansada, fatigada quase apétala

Maquiada pelo sorriso, redesenhada

Da comparecência, chegada

O cavaleiro dos tempos longínquos

Sem armaduras e sisuda face

Tocando suave mão

Nas cordas da lira dos anjos

Anunciando tempos libertos

sem balelas e sequelas

Apresentando-se em querência

em pelo nu

Sem malícias aparvalhadas

Sem cruel ato de ir-se

arrastando aroma

De morta flor, abate

imaginária princesa

uma angema

cintia thome

Existe um híbrido das Rosas Na França

que se chama Charles Aznavour.(click)

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Cíntia Thomé
Enviado por Cíntia Thomé em 18/09/2009
Código do texto: T1816861
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