Na foz do Rio Mutarí

A índia Pataxó

Dança o toré, na areia...

Na coroa vermelha

O mar a rodeava.

E a índia, sozinha,

No seu amor dançava...

Na vontade de ver

Ela alonga o olhar,

Numa vela a passar...

A ternura inquieta,

E n’alma aflita,

Uma dor infinita...

E sem saber expressar

O que sentia,

A índia cantava

A dor dessa agonia.

“Se o mar o roubou,

Pelas ondas levado...”

Essa história de amor

Nesse drama de dor

Essa canção,

É o fado!

Bahia Cabrália, 22/04/1500

Maria do Carmo Celestino
Enviado por Maria do Carmo Celestino em 30/09/2009
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