NUAS


Ao me despir do inverno,
A minha pele de primavera
Delíra ao toque e
Deixa afagar a maciez
Na boca leve da brisa.
E já embriagada de cores se faz eterna
Soprando
Nos ouvidos do vento
Indizíveis rimas desta cantiga
Que transpira aromas
Enquanto soletra o seu nome/codinome: “Coração de Vidro”
E cria e recria os sentidos de cada frase
Como se nós
Fossemos os únicos
Que escutam a música
Agora que nos tornamos criaturas nuas.


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Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 30/09/2009
Reeditado em 01/10/2009
Código do texto: T1840489
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