Poesia pro meu amor...
Fazia frio, o orvalho ainda cobria o chão.
A grama baixa insistia em brilhar.
E um tapete de flores amarelas reinava.
Sobre e sob o ipê mudo, na grinalda do sol.
Ela brincava ainda me lembro, sentada ali.
Coroas de flores, a mão úmida de sonhos.
Como uma visão suprema, delicada, bem-te-vi.
Ruflando em festa a rapidez daqueles olhos.
Pueril e sensata, ela derramando sorrisos.
Abanou-me de leve a mão fina, emotiva.
Num gesto de carinho, digo até de ternura,
Desses contos fluminenses dos livros...
E por fim, eu a amo. Bebia cada gesto,
Sorvia lentamente cada olhar, cada movimento.
Figura breve e radiante sobre a minha lua,
Tão cauta, indigna, nua de sonhos,
De luzes nua.