talvez
Na frente daquela casa
há uma árvore de flores amarelas,
que caem sem a força do vento,
eu quero entender
nas poucas vezes que eu estive lá
o porquê nós estávamos tão assustados
pintados de indiferença e diversão.
Eu nunca me dei conta que a canção se escrevia
sem nenhuma vontade,
em nossas mãos,
nossos problemas.
Juntava do chão tantas porcarias
porque eu achava que eram flores
só que a árvore foi um cenário
de outra história
sobre coisas que nunca vivemos
e se tivéssemos dito...
talvez o vento tivesse nos carregado pra um mundo melhor.
Os poemas e os fatos sabem
que se voltarmos pro passado
seremos desconhecidos
passando pela mesma árvore,
sem entender o que falta
que talvez a existência seja uma mentira
ou que talvez eu já dependesse de você
através dos meus vazios.