EM ETERNAS ALVORADAS

 
 
Lábios abusados
que despem segredos,
mãos atrevidas
que, sem enredos
esboçam pedidos,
à flor da pele
sensitiva...
 
Corpo despertando,
momentos sem donos...
Olhar que intriga,
instiga ao abandono
de múltiplas sensações,
porto que abriga...
 
Alma que dança
no ritual da magia,
sons que avançam,
luz que irradia...
Prisão sem fiança,
alquimia...
 
Cheiro de homem,
aromas fluindo,
desejo alastrando...
Suor, chuva, pingos
alegres brincando,
na canção das águas
lenta, penetrando
na terra molhada!
 
Respingos,
janela embaçada...
Horas que oram
no andor da madrugada...
Corpos que choram
a súplica do prazer.
Laços... Entrelaces
de emoções.
 
Sentimentos
em explosões!
Enlaces sem disfarces
na vazão da represa,
amor que renasce
em eternas alvoradas!

 
12/12/2007

 

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 13/10/2009
Reeditado em 08/12/2010
Código do texto: T1863376