BUTECO

Preso num sábado de sol que ferve

Com um copo de cerveja já pela metade,

Batuco numa mesa capenga que me endireita a cadência.

Então vem

Puxa a cadeira e se faz presente

Toca a minha nuca de leve e bebe meu último trago de cerva,

Beija suave o meu pescoço com sua língua gélida.

Eu não quero esquecê-la, eu a quero de volta.

Quando parar, vai dizer que não dançou para mim,

Esquecendo-se que conheço seu olhar de conquista

Os movimentos que seu corpo faz quando se excita.

Tem alguma dúvida que morri de saudade do teu sorriso?

Leia o bilhete, siga atentamente as instruções

A rua é deserta, a casa em ruínas está abandonada

Sucumbiremos ao desejo antes que a realidade retorne.

mário cardoso
Enviado por mário cardoso em 15/10/2009
Código do texto: T1868085
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