A MEIA LUZ
Delírios de uma entrega ardente,
uma confissão dos desejos entre quatro paredes,
um mundo só nosso, onde tudo se transforma,
a meia luz, o som suave, a voz em sussurros,
as lembranças de um encontro, o nosso primeiro!,
o doce do suco, o descobrir de sentimentos guardados,
as dúvidas os enganos que deixam marcas,
a flor roubada, e guardada,
como se fosse a página de um livro a ser escrito,
o cabelo solto caindo sobre os olhos,
a boca marcada pelo batom,
o sorriso que traduz o momento,
algo único, ele não se repete e sim se renova,
o gosto do café,
o fruto do pecado pronto a ser saboreado,
ali riscamos o proibido e deixamos florescer a espontaneidade,
crescemos junto nas vontades e buscamos a plenitude
presa nos corpos molhados em êxtase.