Calada, a Musa responde...

Não há como fugir, quando teias tantas,

De ouro puro, em trabalho original,

De grandes ourives como não mais há igual,

Fabricam peças únicas, em belas filigranas,

Cujos arabescos a mim e a ti fazem entrelaçados

E unem meus sonhos a teus sonhos no horizonte,

Sempre inatingível...

A vida latente parece dormir

Mas apenas tenta não se fatigar inutilmente

Pela certeza da procura do impossível...

As palhetas dos pintores mais exímios

Assumem nossas mãos e coração,

E sua arte de beleza colorida

Guia nossas mãos,

E assim pintamos afrescos coloridos

Da mais bela perfeição

No claustro que nos encerra a vida

Para amenizar e alegrar a solidão sentida

Que é para sempre

E é sem solução...

Não há como fugir... Estamos entrelaçados

Por fios de ouro invisíveis aos olhares vãos...

Não importa o que não venha a acontecer...

Há distância... mas não há separação...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 25/10/2009
Código do texto: T1886789
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