NO AMOR É TEMPO DE RECOMEÇAR

Nenê!

Diga aonde dói?

Ah! A lembrança do teu sorriso sonoro

De um querer-te tão febril

Como isso me corrói

E você mudou tanto

com essa pressa de vida

Agora,

no meu mundo perdido em teus temores

absorto em teus terrores

jorra um chafariz carmim de horrores

Tu despejas

mais uma padiola generosa

dos teus cadáveres embevecidos

seres outrora tão apaixonados

agora quão mutilados n’alma

em seus sonhos evanescentes

rubros lírios de amor,

fenecidos

Mas eis que o trem pagador

da piedade

tinha uma escala na madrugada das almas lugubres

quando o rio da paz sobrepuja o ódio

até não possuir mais,

a cor dos afogados

Calaram-se!!!

teus moinhos quixotescos.

Realinharam-se!

Em doloridos estalos, meus avessos

brisando em tépido azul

um suave recomeço

amor tresloucado

por ferinas lâminas,

esquecido

na paleta d’alma,

Ah! Eis as cores luminosas retornaram

e enchem novamente

os bojos ressequidos

depois das tempestades

uma bateia de leite & mel a vista

não me beijou mais

a tua pressa porosa da vida

teu cutucar com grampo de cabelo

do amor de aparências

sua esquálida ferida

retornar ao repousar mavioso

em minha maviosa ilha

finalmente,

teus ruidosos diabinhos de brinquedo,

estão sem pilha.

Meu blog: poesiasegirassois.blogspot.com

Davi Cartes Alves
Enviado por Davi Cartes Alves em 27/10/2009
Reeditado em 04/11/2009
Código do texto: T1890398
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