Perdido de Amor

De amor eu perdido vou-me ao léu.

Até o véu encardido encobre o céu,

Testemunhando o choro do meu olhar

E despedindo o coro que vim cantar.

Melodias de amor... bolero e valsa,

Trocadas por torpor... austero n'alma,

Que agora é mó... trigo e cevada,

Que moído em pó... saciam a alma.

Este é meu doce, o meu alimento.

Dela me fosse, sempre um sustento:

Esta solidão, com que tanto aprendo,

Que é minha inspiração, que vou apetecendo.

Edmond Conrado de Albuquerque
Enviado por Edmond Conrado de Albuquerque em 12/11/2009
Reeditado em 12/11/2009
Código do texto: T1918976
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