Como eu queria

Velar teu sono... a tua noite

E afastar o açoite da insônia.

Ver-te com expressão suave

Qual uma ave que retorna.

Como eu queria

Cantarolar pra esse adormecer,

E assim tecer sonhos e devaneios.

No palpitar dos seios, a serenidade

Da tranqüilidade e da paz.

Como eu queria

Ser o bálsamo do repouso...

E até ouso pensar que podia.

Envolver-te num cálido aroma,

Sintoma do descanso merecido.

Como eu queria

Partilhar dos teus sonhos,

Suaves, risonhos, de encantamento.

Todavia eu lamento... não poderia,

Pois de tanta felicidade...

Eu morreria.

Dorival C. Fernandes.

No Leblon, Pontal do Paraná, primeiros minutos de 26.03.08

..." contando o tempo em que, do eu queria ... eu seria"...