Fênix poética

Presa nos laços de um novo encanto,

desatando os nós do desalento da saudade

de um tempo que não volta,

tempo perdido no egoísmo,

tempo órfão da verdade.

Livre dos castigos de Vênus

e dos espinhos emocionais

que pungiam a carne,

esporeio o corcel da paixão

ao encontro da esperança renascida...brisa

que acaricia a alma em cândida ternura.

Venho em confissão sincera falar em silêncio

do imenso sentimento que direciono

ao abrigo vivo no teu peito.

Estendo os braços à tocar o homem que se faz menino

no prazer do carinho que faço.

Transmuto em beijos

palavras que seriam ouvidas,

transformando-as em silêncios benditos,

sentidos, molhados.

Sob a regência da inspiração,

sob a força da poesia,

sou Fênix poética

despida na ventania.

Vânia Moraes
Enviado por Vânia Moraes em 15/07/2006
Código do texto: T194901