Fênix poética
Presa nos laços de um novo encanto,
desatando os nós do desalento da saudade
de um tempo que não volta,
tempo perdido no egoísmo,
tempo órfão da verdade.
Livre dos castigos de Vênus
e dos espinhos emocionais
que pungiam a carne,
esporeio o corcel da paixão
ao encontro da esperança renascida...brisa
que acaricia a alma em cândida ternura.
Venho em confissão sincera falar em silêncio
do imenso sentimento que direciono
ao abrigo vivo no teu peito.
Estendo os braços à tocar o homem que se faz menino
no prazer do carinho que faço.
Transmuto em beijos
palavras que seriam ouvidas,
transformando-as em silêncios benditos,
sentidos, molhados.
Sob a regência da inspiração,
sob a força da poesia,
sou Fênix poética
despida na ventania.