Confesso
Preciso de alguém que não exija muito de mim.
Que consiga perceber sentimentos num silêncio sem fim.
Careço de alguém que saiba esperar.
Pois, como uma flor, tenho que desabrochar.
E com toda minha falta de sorte,
Toda minha experiência se torna, no fim, uma pequena morte.
E se então alguém neste perfil se encaixar,
Espere-me logo ali, nas sombras do caminho,
De onde a lua se pode avistar.
Pois em uma brisa fresca de burburinho,
Chegarei para me apresentar.