Todo poeta ama?
Amor ou ódio, eis o relógio?
O poeta escreve no tempo
sem fronteiras
ou barreiras
Quanto tempo
para amor em ódio se transformar?
Mas o poeta perdoa...
o ódio, se ele ama?
O feio, o mórbido...
o poeta ama?
Ou só o que é lirico
reluzente a ouro...
Falso tesouro...
Como tudo o é...
Na medida em que é verdadeiro
No onírico real poético
cômico.
Se o poeta ama,
ou sabe o que é amor
Não ama o que é dor?
Por quê?
Onde está o amor
Ao senhor dos medos e das tempestades
Sua proteção é essencial
para se ser forte!
Mas o tempo e a vida ensinam
aos desavisados
quem são
no fim de tarde
os poetas.