VIRTUAL

Meu delírio quando a vejo

É quando você me provoca.

Nada importa, perco o pejo

Em transe seu corpo me coloca.

Adoro esse seu jeito de abusada

Quando me excita feito mulher.

Exibe esses peitos de forma ousada

E Atrevida ainda diz: "você quer ?"

Gosta de exibir-se, dançar pra mim,

Mexer o ventre, atiçar meus libidos.

Abusa de mim numa maledicência sem fim

E oferece a imagem do fruto proibido.

Sorve o líquido tinto de um vinho

Deixando-o cair sobre o seio desejado.

Ah... se eu pudesse bebe-lo com carinho

No peito da mulher amada, cortejada.

Toca-se como gata no cio, zomba de mim

Provocando um tesão que não é satisfeito...

Enseja então um prazer gozado e assim

Me ilude, me deixa um bobo perfeito.

Mulher... mito de uma imagem virtual

Você não sabe o quanto me faz mal.

Brinca com sentimentos sem dar valor

E mais cedo ou mais tarde

Ainda vai sofrer de amor.

Dorival C. FERNANDES

No Leblon, Pontal do Paraná em 15/02/2007

..." reminiscências de amor virtual... sem começo e sem final"...