A fonte do meu coração

Quero acreditar na simplicidade das coisas
Fazer ciranda com as minhas opiniões
Renovar os sentimentos senis e decrépitos
Na alegria e no frescor do pensamento iluminado

Vou fazer dos dias tristes e monótonos
Um verso terno e entorpecente
Pra rir dos meus mesquinhos e toscos monólogos
E subir nas árvores pra ver o mundo de lá

E as pessoas que eu encontrar no caminho
Vou me deter a olhá-las e escutá-las sem pressa
Para delas receber o carinho que tiverem para doar
E dar a elas a ternura que brota na fonte do meu coração

Amarei com as forças que o amor me dá.
Do jeito que ele sinceramente quer
E no cair da tarde me recolher como fazem as aves
Para esperar descansando o novo dia que já vem chegando