TEMPO-ESPAÇO

Eu vim ao lugar trocado,

em tempo errado, também;

devia ter-te encontrado

a bordo do mesmo trem.

Nasceste em terra distante,

de mim lá muito depois;

mas és quem amei constante

– viramos um, a ser dois.

O tempo-espaço, a questão;

longe, nós, e tão presentes;

dois em um só coração,

vez que sinto o que tu sentes.

E nós sentimos saudade,

esta emoção dos distantes;

dois enlaçados amantes

pelos cordéis da amizade.

Fort., 08/01/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 08/01/2010
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