Um homem que passou...

Te vejo tão simplesmente, caro amigo!

Assim como um João, uma Maria.

Nada me traz, nem fica comigo!

Também não te amo como deveria...

Tú Tens juventude, vivacidade,

Nesses olhos-criança que me despem.

E nua, crua diante do seu nada

Enxergo minha vida mais apagada.

Tú não me conferes nem o saber.

De mim não adianta esperar o querer.

Tú és na minha estrada, indiferente.

És a figura de um homem,simplesmente.

Publicado no livro "Dê corações abertos" em 1991

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Ellen Marreiro
Enviado por Ellen Marreiro em 15/01/2010
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